É possível que crianças que presenciam brigas entre os pais se tornem mais agressivas?

É possível que crianças que presenciam brigas entre os pais se tornem mais agressivas?


Presenciar brigas entre os pais pode causar alterações no comportamento dos filhos. Por isso, é importante que os adultos mantenham a calma e evitem gritos, ofensas e discussões em voz alta quando há crianças na casa. Caso contrário, os pequenos podem começar a mudar de comportamento; algumas vezes agindo com mais agressividade, outras demonstrando insegurança emocional. Saiba mais sobre o assunto:

Como as crianças reagem às brigas dos pais

É importante que os pais saibam que os exemplos têm maior impacto sobre as crianças do que as palavras. Ou seja, não adianta que os pais digam aos filhos que eles devem ser tolerantes, não xingar os coleguinhas e não brigar com os irmãos se eles mesmos têm frequentes discussões entre si. Os pequenos que enxergam este tipo de atitude em casa têm grandes chances de apresentar um comportamento agressivo. Isso acontece porque a criança têm nos pais os seus maiores exemplos e, por isso, têm tendência a repetir as suas atitudes.

Além disso, há o risco de que o filho passe a enxergar a agressividade como algo normal, o que pode causar certa confusão quando alguém chama a sua atenção por uma briga na escola, por exemplo. Se os pais têm este tipo de atitude com frequência, por que ele não pode ter também?

Consequências emocionais

É importante ressaltar que cada criança reage de uma maneira diferente às situações pelas quais passa. Para algumas crianças, presenciar brigas pode refletir negativamente nas emoções. Uma pesquisa publicada pelo jornal acadêmico Child Development em 2013 concluiu que crianças que crescem em um lar com discussões frequentes têm mais chances de se tornarem adolescentes inseguros, que enfrentam problemas como a ansiedade. A probabilidade é ainda maior quando a criança presencia agressões físicas ou verbais.

Existe ainda a chance de que o filho se culpe pelas discussões que vê em casa, principalmente quando isso acontece antes dos primeiros seis anos de vida. Os pais devem saber que, até os cinco ou seis anos, os pequenos passam por uma fase egocêntrica. Nela, eles têm uma forma própria de entender as coisas que acontecem: não contextualizam a briga e acham que tudo acontece por causa delas. Sendo assim, o filho pode achar que a razão da discussão foi alguma atitude que ele teve – porque deixou um brinquedo fora do lugar ou demorou para ir ao banho, por exemplo.

Como os pais podem contribuir para o desenvolvimento saudável da criança

Para evitar que a criança desenvolva um comportamento agressivo e diminuir as chances de problemas emocionais, os adultos precisam ter bom senso e não brigar na frente dos filhos. Principalmente brigas que envolvam agressões, tanto físicas quanto verbais. É importante que os pais desenvolvam o hábito de conversar sobre pontos de vista na frente da criança. Ou seja, promover discussões saudáveis até chegar a uma solução para o problema. Assim, a criança aprende que a melhor forma de resolver um conflito é por meio do diálogo.

E você, o que pensa sobre este assunto? Participe, deixe a sua resposta nos comentários! 

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