Será que realmente existe uma idade certa para que as crianças comecem a falar sobre a morte?
Bom, a verdade é que não há, de fato, um momento exato para isso, tendo em vista que muitas crianças podem ou não ter curiosidade sobre o assunto. Umas, certamente, irão questionar o fato mais cedo, enquanto outras só irão assimilar a ideia mais tarde, conforme as informações forem aparecendo em sua vida.
Também é importante levar em consideração o fator personalidade, pois algumas crianças são mais extrovertidas, dessas que adoram fazer perguntas o tempo todo a seus pais ou cuidadores e cujo sentimento de partilha é maior do que de outras, que simplesmente optam por desbravar este assunto sozinhas. Afinal, não é novidade alguma que cada um tem sua maneira de ser.
E isso, acima de tudo, deve ser respeitado, evitando-se fazer comparações com outras crianças, sejam irmãos, primos ou amigos da mesma idade, por exemplo.
O curioso é que as crianças não sentem exatamente um medo pela morte, pois elas ainda não possuem capacidade suficiente para compreender o que isso significa em sua essência. O que para nós é uma certeza, para eles é algo que ainda transita entre o lúdico e o medo da perda, isto é, o afastamento das pessoas próximas, por quem nutrem maior afeto.
Muitas vezes, os pais falam de morte perto de seus filhos e esses acabam por interpretar esse sentimento de forma negativa, pois notam a infelicidade que isso vem a acarretar. Além do mais, cada criança é suficientemente criativa para fazer sua própria interpretação a respeito da morte. Nas brincadeiras do cotidiano, como um inseto caído no chão, por exemplo, que não se mexe mais, perdeu as asas ou não reage a qualquer estímulo, são todos indícios que irão suscitar infinitas questões na cabeça da criança – que irá, com toda certeza, recorrer a algum adulto para buscar maiores informações.
Mas não se assuste!
Especialistas garantem que existam quatro estágios que vão desde o nascimento até a adolescência para essa abordagem mais detalhada sobre a morte nas crianças. Acompanhe:
Até os dois anos
Entende-se a morte como a separação ou perda do conforto que se sente por alguém querido. O bebê tem o costume de reagir à ausência de uma figura importante, podendo revelar dificuldade em comer, dormir ou mesmo manter hábitos de higiene já adquiridos, conforme cresce.
Entre três e cinco anos
A criança acredita, em sua ludicidade, que a morte seja algo reversível. Elas se recusam a aceitar a morte como o fim e são incapazes de imaginar a vida sem o pai e mãe (ou qualquer outro cuidador que esteja mais presente em sua vida), pois são estas as pessoas com as quais nutre confiança e segurança, sentindo, assim, o pânico da separação e da possibilidade de ficar desprotegida.
Entre seis e nove anos
Para esta faixa etária, a criança pode perceber que a morte é permanente e comum a todos! Sejam animais, plantas, flores ou seres humanos, não importa. Porém, ao passo que esta criança esteja um pouco mais aberta a esse entendimento, ainda possui a nítida sensação de que tanto ela quanto as pessoas que ama são seres imortais.
Dos 10 anos à adolescência
Pode-se dizer que as maiores interpretações surgem neste período. Inclusive questões ligadas a religiões, espiritualidade e, sobretudo, o sentido da vida.
Então, vistas as características de cada fase da criança, um adulto, ao ser questionado por seu filho sobre a morte, deve esbanjar a reação mais natural possível. E claro, um pouquinho de paciência, jogo de cintura e criatividade não fazem mal a ninguém, não é mesmo? Bem vindo ao maravilhoso mundo da imaginação das crianças!
E você, o que acha desse assunto? Conte para nós como foi a primeira vez em que seu fllho o questionou sobre a morte, queremos muito saber!
Minha filha começou a questionar sobre a morte com uns cinco anos, após falecer uma pessoa conhecida.
Ela até hoje lembra hoje está com sete anos
Perguntava por quê morre, se quem ta velhinho vai morrer.
Explicamos a ela de forma simples que um dia tds morrerão e que muitas vezes a pessoa ta sofrendo muito e depois para de sofrer