As crianças precisam de limites para que se sintam seguras. Mas forçá-las a tomar atitudes é desafiador, sobretudo se você deseja evitar conflitos e ameaças. O limite calmo, porém firme, é uma ferramenta poderosa a ser trabalhada pelos pais com o tempo. Quando um filho se comporta de maneira inadequada, ficamos nervosos, a adrenalina sobe e deixamos de ser racionais. Para evitar esse quadro, conscientize-se de que nenhum filho é perfeito e, portanto, haverá situações difíceis nesse processo. Mas nada que você não seja capaz de contornar.
Reunimos algumas dicas para que você possa estabelecer limites para seu filho com segurança e melhorar o seu diálogo com ele.
Previna problemas
Considere possíveis problemas e pense nas estratégias com antecedência. Você precisa estar sempre um passo adiante. Enquanto pais, nós já sabemos em que situações poderemos enfrentar dificuldades. Seja na hora das refeições ou momento de dormir, prepare-se para essas circunstâncias.
Verifique sua linguagem
Repare nos argumentos que você utiliza com seu filho. Eles têm dado resultados? Por que não? Como você poderia modificá-los?
Avalie sua postura
Atitudes não verbais exercem grande influência. Você deve sempre agachar-se e ficar na altura da criança, com uma expressão facial neutra, para que ela compreenda o recado.
Adote um tom amoroso, mas firme
Uma voz muito estridente ou gritos podem assustar uma criança. Utilizar um tom de voz firme e consistente mostrará que você se sente estável, o que fará com que a criança fique estável também.
Deixe seu filho expressar suas emoções
É natural que, ao negar algo a uma criança, ela lamente ou fique nervosa. Se você mantiver a calma nessas ocasiões, será mais provável que a criança aceite sem reclamar. Se você reafirmar que disse não para algum pedido, diga que compreende o que ela sente e deixe que ela se expresse.
Leve em consideração a idade de seu filho
Crianças de um ano mexem em tudo, as de dois anos não sabem compartilhar as coisas, as de três falam não constantemente, as de quatro querem saber o porquê de tudo, as de cinco podem ser bem atrevidas e assim por diante. Lembre-se em que fase de desenvolvimento seu pequeno está e pense sobre o quanto ele já se desenvolveu em cada fase. Toda fase é passageira.
Mantenha sua palavra
Ter confiança em suas decisões é crucial. Pense criteriosamente sobre o que você considera aceitável ou não e estabeleça regras com base nestas decisões. Tenha consistência e coerência em suas atitudes.
Não explique as razões para limites mais do que uma vez
Explicar a razão pela qual um limite é imposto pode ajudar, mas não fique repetindo o motivo a todo momento. Explique uma vez e depois fique quieto, sobretudo se isso causar um ataque de birra. Quando ele estiver nervoso, não adianta ficar falando, pois ele não estará em condições de entender nada.
Use seu humor
O humor é algo que funciona muito bem. Imitar a voz de um personagem de quadrinhos, por exemplo, ou dar vida a objetos inanimados através de vozes engraçadas pode tornar momentos como ir para a cama, escovar os dentes ou comer divertidos.
Estabeleça regras e rotinas
Crianças funcionam melhor com regras e rotinas pré-estabelecidas; desse modo, não será necessário ficar dando ordens o tempo todo. As regras podem ser como estas, por exemplo: “Apagamos as luzes aqui em casa às 22 horas. Se você se apressar, ainda poderemos ler um livro.” “Aqui em casa, nós fazemos a lição logo depois do jantar.”
Dê opções para seu filho
Você pode oferecer opções ao seu filho – isso o deixará menos frustrado. Dê a ele opções que sejam viáveis para você. Se, por exemplo, vocês precisam sair e ele não pára de brincar, diga algo como: “Nós precisamos sair. Você quer ir agora ou daqui a dez minutos? Daqui a dez minutos? Ok, então daqui a uns 7 minutos eu venho ajudar a recolher os brinquedos e escovar os dentes.”
Ensine-o a ter responsabilidade
Algumas crianças são resistentes a, por exemplo, colocarem blusa no frio. Caso esse seja o caso, diga para seu filho que está bem se ele não quiser colocar a blusa, mas ele sentirá frio e você não voltará para casa só para pegar o casaco. Sugira então colocar o casaco na mochila.
Enfim, procure sempre dialogar com seu filho e faça isso quando tanto ele quanto você estiverem calmos, pois quanto mais agressivos formos, menor será a vontade da criança em nos agradar. Explique para ela que na sua casa as pessoas não gritam umas com as outras. Mas você precisa dar o exemplo, afinal, as crianças nem sempre fazem o que dizemos; elas quase sempre fazem o que fazemos.
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