Muitas escolas infantis e creches têm se preocupado em renovar seus métodos didáticos. A questão é: como sair da mesmice no ensino dado às nossas crianças? Como estimulá-las em meio ao encantamento das novas tecnologias?
De uns anos para cá, muitas escolas, creches e centros de recreação têm tido sucesso ao adotarem uma sala brinquedoteca em seus espaços. Este é um espaço onde brinquedos e jogos se encontram organizados para uso das crianças, inserindo-as em um ambiente que as estimule na interação com outras crianças e a desenvolva suas cognições.
A brinquedoteca é um local relaxante, super bem equipado e colorido, para chamar a atenção das crianças. Sua estrutura é voltada para o bem-estar e segurança delas que, já que até certa idade (10 anos, mais ou menos) elas não têm ainda noção do perigo. Dos pés à cabeça da brinquedoteca, tudo é voltado para a proteção dos pequenos: desde piso e móveis emborrachados até brinquedos de espuma, plásticos, materiais em EVA, etc.
A importância da brinquedoteca é tão grande que muitos hospitais, pelo Brasil e pelo mundo, já adotam uma sala para seus pacientes mirins; estudos mostram que crianças e adolescentes que frequentam esses espaços apresentam, posteriormente, uma melhora significativa em seus tratamentos, principalmente no combate ao câncer, onde muitas delas ficam internadas dias, meses e anos, para receberem atenção e tratamento médico.
Voltando ao meio escolar, o brincar faz parte do desenvolvimento infanto-juvenil, que ajuda a criança socializar e ampliar sua visão de mundo, auxiliando no progresso motor, físico e psicológico, onde também acaba desenvolvendo sua independência e companheirismo com o outro.
Mas a brinquedoteca é para brincar ou aprender? Bem, os dois! Muitos relacionam o sufixo “teca”, de biblioteca, com local de ler e estudar; porém, essa junção de palavras traz uma nova concepção de aprendizado: não mais engessado, mas sim algo mais leve e divertido para a criança. A brinquedoteca é o local das crianças e, portanto, deve ser respeitado, sem interferência direta dos adultos.
O desenvolvimento da autonomia das crianças só terá êxito se os pequenos estiverem livres para criarem e agirem naturalmente. Mas não estamos falando da falta de supervisão (mesmo porque, com crianças, atenção nunca é demais). Os atos de brincar, socializar, interagir, resolver soluções são, por si só, formas de aprendizagem que a criança levará consigo para o resto da vida.
Muitas escolas têm seguido a linha pedagógica construtivista (o conhecimento não é transmitido do professor ao aluno, e sim o aluno que idealiza o conhecimento, elaborando hipóteses e resoluções de problemáticas), tendo salas de atividades e não mais salas de aulas, pois o que se espera da criança é sua naturalidade, em conjunto com sua imaginação e criatividade, para a criação e/ou solução de problemas.
Alguns pais e educadores acreditam que brincadeiras na escola são um desperdício de tempo, pois acham que a educação está ligada somente ao currículo-base escolar (português, matemática, ciências, etc). Mas brincar é essencial e isso tem que ser respeitado! Senão, que tipo de crianças estamos criando? Adultas antes da hora? Que não conseguem socializar? Que não conhecem e nem sabem respeitar o outro? Que não usam da criatividade para resolver problemas e/ou criar coisas novas?
Brincar é aprender e se aprende brincando!
E você, o que pensa a respeito desse assunto? Conte para a gente nos comentários!
Sou a Rafaela Barbosa, achei seu artigo excelente! Ele
contém um conteúdo extremamente valioso. Parabéns
pelo trabalho incrível! Nota 10.