A importância do pai na educação dos filhos

A importância do pai na educação dos filhos


Aquele modelo de família “pai, mãe e filhos” já não é o paradigma dominante das relações familiares. Atualmente, observa-se uma desconstrução do modelo tradicional de família, dando espaço para outros tipos de relações familiares, como crianças com duas mães, crianças com dois pais, crianças que moram com avós, tios, etc.

Esses novos “modelos” de família não são necessariamente ruins para as crianças. Pelo contrário, conviver com a diversidade ajuda a criança desde pequena a desenvolver e internalizar sentimentos de aceitação, respeito, compreensão e tolerância pelo próximo, vendo cada pessoa como ela realmente é, sem defini-la apenas por sua orientação sexual.

Uma questão que tem sido muito discutida, até mesmo em virtude dos novos modelos familiares, é: qual é a importância do pai na educação da criança? A criança realmente sente necessidade da figura paterna?

A resposta é sim. Mesmo que a criança seja criada por duas mães, as ame igualmente e tenha uma relação harmoniosa com ambas, seja criada por uma mãe solteira ou em qualquer estrutura familiar que não apresente a figura paterna a princípio, é necessário que ela tenha, ao longo de sua vida, um referencial masculino para tomar como modelo.

Crianças que têm pais ausentes ou que, por qualquer motivo, não o conhecem ou não convivem com ele, tendem a adotar outra figura masculina em substituição ao pai, como um avô ou um professor, por exemplo.

Porém, para o desenvolvimento sadio da criança, a figura masculina precisa existir. Estudos indicam que crianças sem um referencial masculino ao longo da vida apresentam mais probabilidades de apresentar problemas como distúrbios de comportamento, ansiedade e até mesmo depressão.

Antigamente, o pai era visto como o “provedor”, aquele que sai para trabalhar enquanto a mãe fica em casa cuidando dos filhos, e com pouco contato com eles, sendo uma figura mais respeitada e temida do que propriamente amada. Hoje, os pais procuram ser mais acessíveis e externar mais o carinho e o amor que sentem pelos filhos, o que faz um bem enorme às crianças.

Pais de fim-de-semana

Após a separação do casal, muitos pais acabam sendo obrigados a ficar mais distantes dos filhos, vendo-os apenas nos finais de semana, feriados e férias, diminuindo consideravelmente a convivência com eles.

Isso pode prejudicar a criança? Não, se essa questão for bem trabalhada entre os pais e as crianças, sem brigas e acusações mútuas, tentando fazer a criança “tomar partido” entre um dos dois, atitude essa que causa enorme sofrimento e gerar traumas. É desumano pedir ou forçar a criança a escolher entre o pai e a mãe, visto que ambos são extremamente importantes na vida dela.

O pai não deve compensar sua ausência com presentes e brinquedos caros; isso fará com que a criança acabe fazendo chantagem emocional entre os pais para conseguir o que quer e não melhorará a qualidade da relação entre eles. Pelo contrário, pode deteriorá-la mais rapidamente.

O pai, quando em visita à criança, deve ser carinhoso, paciente e compreensivo com ela, procurando tirar todas as dúvidas que a criança possa ter com a nova situação. Mostrar à criança que continua se interessando por tudo que diz respeito a ela como sua saúde, escola, amigos, etc. Deve procurar continuar inserido no cotidiano da criança, mesmo de longe, valorizando suas conquistas e oferecendo força e apoio nos momentos que ela necessitar.

Como você vê a questão da paternidade? Considera que os pais de hoje são mais participativos e atuantes na vida dos filhos? Deixe sua opinião!

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