Pais e professores precisam ficar bem atentos quando a criança começa a falar e, mesmo depois de algum tempo, ainda troca algumas palavras ou letras. Esta condição é chamada de dislalia infantil, também conhecida por desvio da fala ou, simplesmente, como doença do Cebolinha, em alusão ao personagem da Turma da Mônica.
Se alterações persistirem, é hora de procurar um especialista
É importante prestar atenção se os erros cometidos na época em que a criança começa a falar não estão ligados ao próprio processo de aprendizagem. É natural que, ao começar a pronunciar as primeiras palavras e frases, a criança cometa alguns deslizes. Isso ainda não pode ser considerado uma doença. Porém, quando os pais e professores perceberem que as alterações na fala estão persistindo, mesmo com o crescimento da criança, aí sim é recomendado a visita a um especialista.
O processo de aprendizagem da fala é bastante complexo. Muitos aspectos interferem em quando e como os pequenos começam a falar, como, por exemplo, a quantidade de estímulos e o ambiente em que eles vivem. Apesar de não haver pesquisas que provem quantas crianças têm esse problema e por quanto tempo persistem os sintomas, muitos afirmam que se os filhos têm mais de quatro anos e ao chegar na fase de começar a aprender a ler e escrever a alteração das letras ainda persistir, caracteriza-se a doença.
O tratamento é feito, basicamente, por meio de vários exercícios dados pelo fonoaudiólogo, principalmente relacionados à respiração e articulação corretas. Também são usados jogos que contribuem positivamente para o tratamento da dislalia, como os de sopro e de mobilidade da língua e dos lábios. O especialista também pede para a criança imitar os sons de animais, atirar beijos no ar e fazer bolha de sabão, entre outras coisas que parecem brincadeira, mas solucionam o problema.
Se demorar, há riscos de dificultar o aprendizado
É bom que os pais ou responsáveis não demorem muito para levar os casos suspeitos aos especialistas da área. Pode ser que o diagnóstico seja negativo, mas se for constatada na dislalia, o tratamento já começa e impede que a criança cresça com esta dificuldade da fala e acabe tendo problemas para aprender na escola e se desenvolver normalmente. Diante disso, o melhor a fazer é assim que notar qualquer alteração na boca, lábios ou ouvidos, levar a criança imediatamente a um fonoaudiólogo. Somente ele poderá fazer uma avaliação correta e prescrever o tratamento ideal.
Outro cuidado que os pais devem ter é quanto a falar errado, por brincadeira, com os filhos pequenos. É muito comum e até mesmo uma forma de carinho chegar perto de um bebê e falar frases do tipo “qué pepeta?” ou “cadê o tetê do nenê?” Isso deve ser evitado, afinal, as crianças aprendem a falar copiando os adultos, que estão à sua volta e aprendem as palavras de forma errada se assim as ouvirem. O melhor é falar certo, não inventar palavras, não usar diminutivos o tempo todo e pronunciar devagar. Assim, a criança ouve direito, processa corretamente as palavras em seu cérebro e fala também sem equívocos.
Você conhece algum caso de dislalia? Deixe o seu comentário, caso tenha alguma dúvida quanto aos sintomas e tratamento!
Minha filha tem 6 anos e fala muitas palavras erradas como por ex:paplagaio,eu die,em vez de eu dei,a gente corrige mais ela persiste no erro.sera q e.
Olá Rayane, indicamos que procure orientação médica e com certeza irá descobrir e resolver o mais rápido possível!
Meu filho tem 5 anos e 10 meses, des dos 2 percebo a dificuldade na fala, e aos 3 ele já iniciou o tratamento na fono. Está bem melhor, mas ainda fala com muita dificuldade. É frustrante, pois ele fica ansioso, eu me sinto culpada. Agora. A fase de alfabetização estou com bastante medo, sei que minha parte estou fazendo, espero que isso não o prejudique.