Eles só podem brincar de carrinho e elas só podem brincar de boneca. Os meninos devem usar azul e as meninas, rosa. Certo ou errado?
A resposta é errado! O incentivo a este tipo de comportamento existiu durante muito tempo, mas agora está mudando.
Recentemente, a cantora inglesa Adele foi vista andando nos parques da Disney com seu filho vestido de Elsa, a princesa de trança branca do desenho animado Frozen. As críticas reativas foram muitas, enquanto outros apoiaram e elogiaram a atitude. Polêmicas à parte, é hora de rever alguns conceitos. Afinal, não são brinquedos ou cores que vão determinar a sexualidade do indivíduo.
Mais e mais pais têm apostado numa educação mais aberta, com menos restrições sobre as questões de gênero. Isto porque nem sempre a ditadura das cores para meninas e meninos foi assim. Você sabia que até o final do século XIX, os pais não se preocupavam com as cores que seus filhos usavam porque o o tingimento dos tecidos era caro e, assim, as roupas, passavam dos filhos mais velhos para os mais novos, sem levar em conta o sexo das crianças?
Um pouco de história
A definição das cores levando em conta o gênero apareceu somente no início do século XX. E pasme, era justamente o contrário: o rosa, por ser considerado uma cor mais forte, era direcionado aos garotos, enquanto que o azul, mais delicado e leve, era ideal para as garotas. Somente entre 1920 e 1950, as lojas passaram a sugerir o azul para os meninos e a cor de rosa para as meninas, tendência que dura até os dias de hoje. Por conta de todas essas informações e muitos outros estudos, atualmente os psicanalistas defendem que a afinidade com esta ou aquela cor não vai determinar a personalidade ou a sexualidade de ninguém.
Ufa! Esta imposição do “isso não é coisa de menino” ou “menina deve agir assim e usar tal coisa” vem se enfraquecendo. Não é de hoje que as mulheres usam ternos, por exemplo, sem perder a elegância e seus trações femininos. Mais recentemente, os homens adultos passaram a usar o rosa, principalmente nas camisas polo e, nem por isso, colocaram sua masculinidade em xeque.
A mesma teoria vale para a hora de brincar. Se hoje a grande maioria das mulheres é motorista, por que elas não podem brincar de carrinhos? E os meninos? Não serão pais no futuro? Qual o mal em eles aprenderem a trocar uma fralda ou ninar uma boneca para faze-la dormir? Da mesma forma, brincar de panelinhas e fogãozinho pode até estimular os meninos a serem grandes chefes de cozinha. E se as meninas jogam bem o futebol, podem até se tornar jogadoras profissionais. Em resumo: todas são brincadeiras saudáveis e não devem ser reprimidas.
A riqueza da diversidade
O mundo é diverso, a natureza é diversa. É a riqueza e a diversidade encontradas no universo que devem pautar o comportamento das pessoas no século XXI. Há, inclusive, uma tendência do uso das cores na educação.
Segundo os teóricos, o mundo é colorido e estimulante, mas a escola ainda não. Eles querem dizer que a escola continua em preto e branco, ao ensinar com a mesma metodologia utilizada nas décadas passadas, travando comportamentos criativos e inovadores. A Pedagogia das Cores vem como uma forma alternativa de estimular os sentidos, levando as cores para a escola.
Basta comparar como a mídia, o marketing, o varejo, a política e a religião já fazem uso das cores para estimular as pessoas a comer, a comprar e a crer em certos dogmas. A escola também deve usar as cores a seu favor, estimulando todos os sentidos dos alunos, alavancando o aprendizado e dando liberdade para comportamentos diferentes.
Você ainda tem dúvidas sobre o quanto uma brincadeira ou a preferência por uma cor podem determinar a sexualidade das crianças? Deixe o seu comentário para a gente!
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