Hoje, ao contrário do que acontecia há alguns anos, nós temos muitas informações úteis que podem nos ajudar a compreender melhor nossos filhos. Porém, nem sempre esse leve conhecimento sana todas as nossas dúvidas. Por exemplo, muitos pais não sabem dizer se o filho tem problemas de ansiedade ou se é apenas muito agitado e acabam levando crianças que têm agitação comum ao médico sem precisar.

Veja como diferenciar o transtorno de ansiedade de uma agitação comum!

Qual a diferença?

A característica mais importante para fazer a diferença entre o transtorno de ansiedade e outros tipos de condutas é o medo. Crianças ansiosas são, geralmente, mais medrosas do que as outras, tendo medo de várias coisas comuns do dia-a-dia. Elas se sentem muito inseguras e demonstram isso frequentemente.

Crianças agitadas, por outro lado, pensam com mais rapidez e, por isso, se movimentam muito e fazem muitas coisas ao mesmo tempo. Elas podem ficar inquietas, mas não demonstram nenhum medo fora do comum.

Caso o problema de seu filho seja mesmo ansiedade, ele pode estar associado a um dos três tipos mais comuns.

Quais são os tipos de ansiedade mais comuns?

Os três tipos mais comuns de transtorno de ansiedade são o medo da separação dos pais, o transtorno de ansiedade generalizada e as fobias específicas. O primeiro, que é o mais comum, é normalmente percebido porque a criança teme ficar longe dos pais, o que a impede de fazer atividades comuns – ir à escola e dormir por medo de os pais não estarem lá quando ela acordar, por exemplo.

O segundo tipo, conhecido como TAG, faz com que o medo não se restrinja à separação dos pais, mas esteja presente em todo o dia-a-dia da criança. Crianças com esse tipo de transtorno não conseguem relaxar ou aproveitar uma brincadeira, porque estão sempre tensas. Elas veem todas as situações – mesmo as que já conhecem – como muito perigosas.

O terceiro tipo é o transtorno de ansiedade ligado a uma fobia específica, algo que pode acontecer por vários tipos de traumas. Muitas crianças sofrem com o medo do escuro, de altura, de insetos, de palhaços e outras coisas que são presentes no dia-a-dia delas.

O que deve ser feito?

E depois de perceber essa ansiedade em seu filho, o que fazer? O primeiro passo é não ficar também ansioso por conta disso. Transtorno de ansiedade não é algo que sempre precisa de um tratamento rígido ou que exige o uso de remédios. Muitas vezes, aliviar a rotina da criança já pode ajudá-la. Os pais colocam os filhos em muitos cursos sem lembrar que crianças se estressam tanto quanto adultos. Quando a criança tem mais tempo para descontrair, costuma ficar menos ansiosa.

De qualquer forma, procure um especialista para ajudá-lo. Não só o seu filho, mas toda a família deve estar envolvida em ajudá-lo a superar o problema. Todos devem se informar e compreender o que está acontecendo. Depois que a ansiedade for diagnosticada e o tratamento for iniciado, avise também a escola, para que todos se comprometam a cuidar de seu filho da melhor maneira possível.

Transtorno de ansiedade é algo cada vez mais comum em adultos e crianças, mas também é algo que pode ser tratado. Procure um especialista e busque ajuda!